sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Crônica de Davi e Golias

Na última quarta-feira, fui assistir ao jogo entre Brasília e Sport Recife, pela Copa do Brasil. Mais um dos tantos duelos de Davi e Golias, tão comuns no futebol. O Brasília, clube mais vencedor da Capital Federal nos anos 80, disputava pela primeira vez a Copa do Brasil. Ao contrário do Sport, que já chegou a duas finais da competição, tendo vencido uma delas. Os pernambucanos eram favoritos, mas vai que essa era a vez da vitória de Davi sobre Golias.

Cheguei ao estádio cerca de uma hora antes do jogo. O público foi pequeno, e em sua grande maioria estava apoiando o Sport. Mas eu e meus amigos que estavam junto comigo demos aquela força ao time da casa.

E, por um instante, chegamos a acreditar na vitória. Gauchinho, jogador com uma artilharia de Copa de Libertadores no currículo, acertou uma bela cabeçada e abriu o placar. Brasília 1 a 0. Fizemos festa. Alguns dos meus amigos começaram a ligar para quem não tinha ido no jogo para contar a novidade: "Está 1 a 0 para o Brasília!!!"

A alegria durou pouco. Apenas 13 minutos depois, o Sport já havia virado o placar, com direito a um frangaço do goleiro Roger. Se o Sport vencesse por dois gols de diferença, não haveria sequer o jogo de volta, em Recife. A vaga já seria dos pernambucanos. Portanto, o Brasília deveria redobrar a atenção. E o primeiro tempo acabou assim mesmo: Sport 2 a 1.

O segundo tempo seria crucial. E o Brasília até devolveu as esperanças da torcida, novamente com Gauchinho, aos 15 minutos. Estava tudo igual novamente. Bastaram, porém, oito minutos para que o Sport balançasse as redes por duas vezes - a última numa falha clamorosa da defesa - e conseguisse a vantagem de dois gols que daria a vaga sem a necessidade do segundo jogo.

Assim, era fundamental que o Brasília marcasse pelo menos um gol. A gente ainda incentivou, fez o que podia. Mas a rede não balançou mais. E o Sport voltou para Recife com a vitória e a classificação na bagagem. Final: Brasília 2x4 Sport Recife.

Claro que queríamos a vitória. Mas, no fim, o mais importante foi voltar a enfrentar uma equipe de renome no cenário nacional. E fazer a nossa festa. Afinal, é isso que o futebol deve ser: uma festa.

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